Por Sergio Aparecido Alfonso
1
Certa mulher, das mulheres dos discípulos dos profetas, clamou a
Eliseu, dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que ele
temia ao SENHOR. É chegado o credor para levar os meus dois filhos
para lhe serem escravos. 2 Eliseu lhe perguntou: Que te hei de
fazer? Dize-me que é o que tens em casa. Ela respondeu: Tua serva
não tem nada em casa, senão uma botija de azeite. 3 Então,
disse ele: Vai, pede emprestadas vasilhas a todos os teus vizinhos;
vasilhas vazias, não poucas. 4 Então, entra, e fecha a porta
sobre ti e sobre teus filhos, e deita o teu azeite em todas aquelas
vasilhas; põe à parte a que estiver cheia. 5 Partiu, pois,
dele e fechou a porta sobre si e sobre seus filhos; estes lhe
chegavam as vasilhas, e ela as enchia. 6 Cheias as vasilhas,
disse ela a um dos filhos: Chega-me, aqui, mais uma vasilha. Mas ele
respondeu: Não há mais vasilha nenhuma. E o azeite parou. 7 Então,
foi ela e fez saber ao homem de Deus; ele disse: Vai, vende o azeite
e paga a tua dívida; e, tu e teus filhos, vivei do resto. (1ºReis 4.1-7).
Você
já deve ter passado por situações difíceis em sua vida. Talvez
uma notícia de enfermidade, quem sabe um parente que está envolvido
com drogas. Pode ser que seu casamento teve um desfecho que você não
esperava. Ou ainda, um familiar teve o infortúnio de ser incluído
no rol de culpados por algum crime. Minha oração é para que você
não passe por nenhuma dessas situações, mas há sempre um motivo
para que nossa tranquilidade seja abalada. E sabe, problemas são
coisas que nos escravizam de alguma forma. Isso acontece porque
pessoas responsáveis não desdenham de uma situação preocupante,
porque é da natureza da responsabilidade a solução de problemas.
Mas diante de uma situação ruim você age por conta própria ou
busca ajuda? Te convido a pensar sobre o exemplo da viúva da botija
de azeite.
A
mulher do texto acima tem algo especial a nos mostrar por sua nobre
atitude. Mas antes de entrarmos nas considerações sobre a ação
dessa mulher, precisamos esclarecer que algumas injustiças têm sido
dito sobre a ela por aí. Certa vez eu havia terminado tudo o que me
propunha a fazer no computador e me sobrava tempo, então busquei
alguma mensagem na internet que me pudesse ajudar a refletir sobre
determinado assunto. E acredite, tem muita coisa boa na rede mundial,
mas é necessário garimpar bem, examinar tudo e reter o que é bom
(1º Ts 5.21), só o que é bom.
Algumas
mensagens de outros pregadores nos inspiram a também esboçarmos
nossas mensagens. É verdade que Deus já fechou a inspiração da
bíblia no sentido de ter terminado o que poderia ser considerado
como sagradas letras, sagradas escrituras, ou cânone sagrado. Mas,
sou de opinião que ele continua inspirando homens e mulheres para
falar conosco de forma pontual e individual, portanto, eu acredito em
mensagens inspiradas por Deus para nos ensinar, corrigir e assim por
diante. Mas há algumas mensagens que não podemos aproveitar na
íntegra porque às vezes, no afã de transmitir uma lição, o
pregador ou até o ensinador lança mão de alguma licença para
cometer injustiças em relação a alguém ou fazer alegorias e
colocações inadequadas. Isso pode ocorrer até com renomados,
experientes, honestos e respeitados pregadores.
E
sabe de uma coisa? É muito bom saber que até os mais experientes
pregadores cometem erros. Isso serve para que não nos coloquemos em
pedestais e achemos que seremos brilhantes sempre. Se um pregador
cheio de qualidades pode cometer deslizes, por menores que possam
ser, os principiantes talvez corram mais riscos. Portanto, sejamos
atentos ao nosso procedimento e muito, mas muito cautelosos na hora
de falarmos sobre a bíblia e seus personagens. A forma como nos
expressamos sobre as coisas de Deus pode determinar a eternidade de
nossos ouvintes.
Sobre
as injustiças a que me referi acima, já ouvi dizer que essa mulher
ensinou a até o ofício da mendicância para os filhos causarem
algum tipo de comoção no profeta Eliseu. Já ouvi que o discurso
dela indicava que ela queria uma indenização do rancho do profetas
porque o marido era servo de Eliseu. Já foi dito que ela tinha o
azeite em casa mas não disse de pronto em resposta à pergunta do
profeta porque não valorizava o que possuía. Há ainda outros que
dizem que essa mulher era uma pessoa de fé pequena por causa da
cessação do jorrar do azeite em função do término das vasilhas e
por aí vai.
Claro,
tudo isso são coisas que rejeito profundamente. Com palavras bem
elaboradas todas essas acusações podem até ter aparência de
verdade, mas não passam de falácia. É o final do texto sobre ela
que dá prova de que ela foi ao profeta com honestidade e voltou com
fé. Assim, deixemos claro que é injusto dizer que a viúva buscou a
face do profeta para fazer algum tipo de cobrança ou exigir algum
tipo de direito. Definitivamente não foi isso que a motivou. E
também nunca lhe faltou fé, na verdade sobra má-fé da parte
daqueles que buscam defeitos nela.
Fiz
questão de falar sobre essas afirmações injustas, porque muitas
vezes são ditas por pregadores renomados, pastores conhecidos, e
também porque muitas dessas afirmações estão contidas em
mensagens disponíveis nos sites de vídeo da internet que são ferramentas fantásticas de passar informações, tanto as corretas
como as duvidosas, ou ainda, as injustas. Pela disponibilidade as
pregações estão propícias à propagação, e por terem sido ditas
por pastores de muito crédito podem não ser avaliadas com o devido
critério.
Terminadas
as considerações acima, vamos ao que pode nossa personagem nos
ensinar. Começamos fazendo um rápido panorama de sua situação.
Ela se encontra com uma causa de difícil solução, pois, seu marido
morreu e deixou uma dívida que tinha como garantia única a mão de
obra de seus filhos. E sabemos que se trata de uma dívida porque em
seu diálogo com o profeta ela menciona o credor que vem buscar seus
filhos para serem escravos (v. 1d). Ela vive num contexto em que uma
dívida não quitada ensejava a servidão do devedor e/ou de seus
filhos para com o credor, levando os primeiros a trabalhar para o
segundo até o jubileu (Lev. 25.39-51), ou quitação da dívida,
enfim, o que ocorresse primeiro. Em suma, essa era a sua situação, em Êx. 21.2, o texto diz que o hebreu serviria seu credor - agora possuidor - por seis anos.
A
viúva em questão começa ensinando que diante de uma dificuldade
não se pode agir pelo óbvio. Ela não tentou negociar com o credor,
não tentou fugir da localidade com seus filhos, não parece ter
buscado conselhos com terceiros fora de seu círculo de fé, não
tentou buscar novo empréstimo para garantir a permanência de seus
filhos em casa. Ao menos o texto bíblico não nos leva a entender
que ela tivesse agido por um dos pontos citados ou tivesse adotado
qualquer atitude de desespero. Mas existem aquelas pessoas que diante
de uma situação adversa pensam numa série de soluções, depois
pegam todo seu plano e colocam à disposição de Deus, isso quando
não jogam só planos contra Ele. A partir daí elas esperam que Deus
aja pelos planos que elas esboçaram. Sem contar que não raras vezes
elas mesmas tomam suas providências e pedem pra que Deus abençoe o
que elas já fizeram. Na concepção dessas pessoas o SENHOR tem que
agir sem ao menos ter sido consultado sobre qual a melhor posição a
ser tomada.
Mas
nossa personagem não agiu por impulso. Veja, ela era esposa de um
dos discípulos dos profetas. Quando seu marido morre ela procura o
profeta. O que ela observa na vida de seu marido é que ele temia ao
SENHOR (v. 1c). Ora, sendo o marido dela um discípulo de profeta e
que ele temia ao SENHOR, ela só poderia recorrer ao homem de Deus
que ensinou a seu marido o que ele conhecia sobre Deus, que por sua
vez passou a lição para a família.
Ela
poderia não ter conhecimento do ofício de profeta, mas sabia o que
era servir a Deus e o que significava temê-lo. Diante disso, ela
busca orientação da parte de um servo de Deus. No momento de
dificuldade ela se lembrou do que seu marido certamente compartilhou
a respeito do que Deus já havia feito por intermédio de seu mestre
Eliseu. O capítulo 3 de 2º Reis traz relatos de alguns
acontecimentos operados por meio do profeta Eliseu após o
arrebatamento do profeta Elias. Certamente o falecido havia contado
essas proezas em casa, e disso ela se lembrou quando o marido morreu
e o cobrador bateu à porta.
É
triste saber que quando da morte de um ente querido algumas pessoas
lembram de um vasto vocabulário de lamúria e xingamentos, ou do
caminho do bar para se refugiar numa bebida alcoólica. Diante de
doenças algumas pessoas se lembram do endereço da benzedeira.
Quando chega uma cobrança correm para o banco solicitar novo
empréstimo. Tem aquelas mulheres que quando suspeitam do deslize do
marido vão ao salão de beleza para contar quão fácil anda seu
marido e acabam fazendo tanta propaganda ruim que não percebem o
risco de elas mesmas estarem a incentivar uma investida contra o
matrimônio. Não é o caso aqui de justificar a escapada de ninguém,
mas de alertar sobre com quem e o que você fala quando está em
dificuldade. O exemplo da nossa personagem é digno de ser imitado.
Quando problema se avolumou ela foi buscar a face de alguém de
compromisso com Deus. Ela contou tudo ao homem de Deus.
Diante
da exposição dos fatos, Eliseu tocado pela situação da viúva
pergunta o que ela tem em casa. A pergunta de Eliseu é: Que te hei
de fazer? (v.2) E ele emenda com a seguinte ordem: Dize-me que é o
que tens em casa(v.2). Noutras palavras, Eliseu está perguntando o
que é que ela possuía em casa que desse para reverter em recurso
financeiro. Conforme a resposta da mulher seria o conselho do
profeta. Aqui vale lembrar que Deus não estava limitado a um tipo de
ação, mas o profeta devidamente instruído por Deus daria à
solicitante as orientações de acordo com os recursos que ela
possuía e a fé que demonstrasse. Os parcos recursos daquela mulher
não eram ocultos para Deus, embora fossem desconhecidos de seu
servo. A viúva já havia aberto o coração para o homem de Deus,
isso por si já a coloca num compromisso com a verdade. Agora não dá
para mentir nem para contar vantagem. É preciso assumir que a
dificuldade é real. Foi o que a viúva fez e os recursos são
poucos.
Nesse
verso 2, buscando pela memória, ela se lembra e responde que tem uma
botija de azeite, ou uma botija com azeite. Não sabemos a capacidade
exata dessa vasilha, mas sabemos que provavelmente era pequena e
estreita. De acordo com a língua portuguesa trata-se de um vasilhame
estreito, de boca fina com gargalo. A palavra botija em português se
assemelha na escrita e na pronúncia com botella em espanhol, que
traduzida para o português é garrafa. Garrafa por sua vez é um
vasilhame com capacidade de armazenamento de cerca de 750 mililitros
de substâncias líquidas. No caso em questão, levando em
consideração o fato de que azeite era caro na época da passagem em
que nos prendemos, não há porque não acreditar que a viúva tinha
pouca quantidade de azeite em casa. Sendo assim, um grande milagre
está por acontecer e é grande exatamente pela escassez de recursos
daquela mulher.
Depois
de saber o que a viúva tem em casa, o profeta dá as orientações
necessárias. No verso 3 ele manda a mulher voltar para sua casa com
sua família e sair pela vizinhança pedindo em empréstimo vasilhas
vazias ao máximo que pudesse. Já no verso 4 o profeta manda que
ela, depois de pegar as vasilhas emprestadas, entre com seus filhos
em casa, feche a porta e sigam o que lhes foi orientado a fazer, ou
seja, que ela acompanhada de seus filhos começasse a despejar o
azeite de sua botija no vasilhame emprestado até que todos os
recipientes estivessem cheios.
Aqui
uma pergunta: Caso você tenha passado por uma situação difícil e
precisou buscar um conselho de um homem de Deus, o que você fez com
a orientação recebida? Não são poucas as vezes que as pessoas
quando enfrentam um problema em princípio fazem o certo, consultam
um homem de Deus – bem, na verdade você pode consultar a Deus
sozinho, mas se entender que deve ser auxiliado por alguém, não
exite, busque ajuda o quanto antes. Mas não basta só pedir ajuda, é
preciso confiar que um conselho vindo de um servo de Deus é um bom
conselho. Algumas pessoas pedem auxílio para um irmão, mas depois
de auxiliadas não seguem orientação nenhuma. Agem por si mesmas. É
como se estivessem apenas querendo satisfazer uma curiosidade.
Deixe-me dizer uma coisa, não desonre seu irmão se desfazendo do
que ele te orientou, a menos que tenha certeza de que o conselho não
vem de Deus, nesse caso, você nem deveria ter recorrido a essa
pessoa.
Já
a viúva, depois de ter conseguido muitas vasilhas emprestadas,
acompanhada de seus filhos entrou em casa e fechou a porta e começou
o processo de enchimento das vasilhas com o azeite (v. 5). A mulher
seguiu à risca o que foi dito pelo profeta. Cada etapa foi
devidamente observada. Empréstimo das vasilhas, fechamento da porta
da casa com a família dentro e distribuição do azeite nos
recipientes. Uma vez que ela seguiu o conselho do profeta o resultado
foi de grande proveito. O que era pouco agora é suficiente, no lugar
de desespero chegou a esperança, onde antes não havia perspectiva
brota ânimo para cumprir um mandado até o final.
Detalhe
importante, ela segue o conselho de se trancar em casa porque está
implícita a compreensão de que milagres não são coisas para
exibicionismo. Podem e devem ser testemunhados sim, o que não pode é
serem usados como espetáculo enquanto estão sendo realizados. Isso
pode mudar o foco da audiência fixado em Deus para o beneficiário
do milagre, como se o poder estivesse em quem é alvo do milagre e
não em quem o realiza.
No
verso 6, observamos que ela pede mais uma vasilha a um de seus filhos, porém, agora tudo
o que havia estava cheio. Aquela mulher que comparece ante o profeta
com uma dificuldade a relatar, com o temor de perder seus filhos para
o credor, sem esperança aparente, agora transborda em fé. Ela pede
mais uma vasilha porque sabe que havendo novo recipiente há a
certeza de que será enchido. Quando se lê que ela pede nova vasilha
para despejar azeite, o foco não deve estar em que acabaram as
vasilhas, mas deve estar em que ela crê que vai continuar jorrando
azeite enquanto tiver onde depositar.
E
aproveito aqui para uma reparação pontual em relação à nossa
personagem. Certa vez estava numa determinada igreja e a mensagem era
exatamente sobre este texto de 2º Reis 4.1 – 7. Acredito que foi a
primeira oportunidade em que ouvi uma injustiça contra a viúva.
Lembro-me que quando o pregador chegou no momento de falar sobre ter
acabado as vasilhas, ele disse que acabaram porque faltou fé à
mulher. Segundo ele, se houvesse fé suficiente ela teria angariado
muito mais vasilhas emprestadas. Diante de afirmações como essa me
vêm à mente algumas perguntas: Terão os acusadores dessa mulher
esquecido que ela seguiu as orientações do profeta para buscar
vasilhame na vizinhança? Se ela não acreditasse num milagre não
perderia seu tempo. Será que alguém que acusa essa mulher de não
ter fé suficiente já considerou o tamanho do imóvel onde ela
morava e que poderia não caber tantas vasilhas? Será que os
acusadores sabem quantos litros de azeite o milagre reproduziu? Não
seria melhor dar a ela um voto de confiança, concordando que se ela
pediu mais uma vasilha foi porque sua fé acreditava na continuidade
do milagre? Será que é possível aos caçadores de defeitos na
viúva deixar de confundir abundância com ostentação?
Ao
final do verso 6 temos a informação de que o azeite acabou, tendo
em vista acabar também as vasilhas. Já no verso 7 vemos que a viúva
volta a falar com o profeta. Ela traz a boa notícia de que um
milagre aconteceu, e não foi pouca coisa, foi a escassez
transformada em fartura. E não só isso, esse versículo traz
implícito que houve nova consulta, isso porque há nova orientação
vinda de Eliseu. O profeta manda a viúva vender o azeite
milagrosamente reproduzido, pagar a dívida e viver com os filhos
sustentando-se do resto. Ora, a nova orientação do profeta nos faz
pensar numa atitude de total submissão a Deus da parte da nossa
personagem porque cada passo era dado sob novo conselho. O que ela
possuía agora era suficiente para pagar a dívida e depois sustentar
a família. Isso foi realizado por meio da fé.
Veja,
o retorno da viúva aos pés do profeta serve para reparar uma
injusta difamação. No rol de injustiças detectadas que citei
acima, consta que a mulher procurou o profeta com motivações
erradas, segundo alguns pregadores desavisados, ela queria receber
alguma indenização. Na verdade, ao observarmos que ela busca por
Eliseu na escassez e depois o procura também na provisão, só nos
permite concluir que em todas as circunstâncias de sua vida seu
único interesse em ver o profeta era agir sob orientação de um
homem de Deus. Ela não fez nada por si mesma enquanto estava sem
esperança e de igual forma nada fez quando tinha recurso em
abundância. Todas as ações praticadas por nossa personagem nesse
texto foram embasadas em orientações de um homem de Deus. É um
lindo testemunho, cada passo foi dado sob dependência da ação e
orientação de Deus por meio do profeta. Isso seria muito mais fácil
entender se as pessoas deixassem de divinizar os profetas e tentar
encontrar qualidades nas pessoas que têm encontro com esses homens
de Deus.
Refletindo
sobre as lições
Ninguém
está livre de um percalço na vida. A questão é: Que tipo de
atitude você toma diante das demandas que se apresentam? Meu
conselho é que você reconheça que tem um problema, identifique-o e
vá buscar a face de Deus sempre. Mas se você não está em
condições de fazer isso sozinho, busque alguém que possa te
ajudar, alguém que seja de Deus. Eu mesmo já passei por momentos em
que me sentia tão fraco que era melhor pedir ajuda em oração. Não
há nenhum demérito nisso. O que não pode é se sentir fraco, se
fazer orgulhoso e não reconhecer que existe um problema. A negação
é uma espécie de soberba, e a soberba precede a ruína (Pv 16.18).
Primeira
lição. A viúva não negou que estava com um grande problema, ela
sabia exatamente qual era, e o identificou corretamente. Era o risco
de escravidão de seus filhos em função de uma dívida do marido.
Mas ela também sabia que precisava de ajuda e onde deveria buscar.
Não há na bíblia qualquer informação de que ela antes de se
dirigir ao profeta tivesse ido buscar ajuda de vizinho, tivesse
tomando alguma atitude impensada ou que estivesse cheia de planos.
Nada disso. Ela simplesmente foi relatar a Eliseu a sua situação.
Segunda lição. Depois dela contar seu drama, Eliseu pergunta o que
ela tem em casa, ao que ela respondeu, uma botija de azeite. Ou seja,
apresente seus recursos para Deus, por menores que pareçam ser esses recursos, a
partir daí deixe que o SENHOR decida se usará esses ou te
dará outros recursos.
Lição
número três. Já que buscou o conselho de um servo ou serva de
Deus, siga-o. De nada se aproveita pedir conselhos que não serão
levados em consideração. Não tire a oportunidade de outra pessoa
ser ajudada se você vai desprezar a palavra do ajudador. Após ouvir
o relato da mulher e que tipo de recurso ela possuía, o homem de
Deus dá conselhos para a viúva de seu discípulo. Cada conselho foi
recebido e obedecido na íntegra pela mulher. A quarta lição que
aprendemos com essa mulher é que um dos conselhos recebido e
aplicados foi o de fechar-se em casa com os filhos durante a
realização do milagre da multiplicação do azeite. Isso quer
dizer: Não faça uma espetacularização da ação poderosa de Deus.
A
quinta lição é curta e simples. Coloque sua fé em ação. Se Deus
disse que vai agir no pouco, tenha ele falado pessoalmente ou por seu
servo, não importa, o que importa é que você deve acreditar. Sexta
lição, não abandone a presença e a graça do SENHOR. O fato de
Deus ter resolvido nossa demanda não quer dizer que ele agiu pra se
ver livre de nós. Lembre-se, Deus age em nosso favor por puro amor
puro. Sua ação deve nos levar a glorificar o seu nome e nos fazer
ficar mais dependentes dele. Foi isso que a viúva fez. Após receber
o milagre continuou dependendo da resposta de Deus para os próximos
passos. Que possamos ser gratos a Deus e permanecer na dependência
dele. Não importam as circunstâncias, que estejamos sempre buscando
a orientação de Deus.
Para Pensar
Todo
homem possui uma dívida que pode condená-lo à escravidão eterna.
São os pecados. E nada poderá ser feito em favor de quem quer que
seja se não houver confiança na ação de Deus para mudar isso.
Aliás, Deus já agiu por meio de seu filho Jesus que morreu por nós,
e por ele foi cancelado o escrito de dívida (Col. 2.14). Tal como a
viúva acreditou na solução de sua dívida, o pagamento da dívida
de todo homem depende de ele crer no sacrifício de Jesus. Melhor
ainda, depende do homem aceitar que Jesus já pagou a dívida.
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